Seja bem vindo(a) as nossas aulas do Capítulo 8 de Apocalipse!
O Tocar das Trombetas!
Antes vamos responder ao Exercício do Capítulo 7! Clique na imagem abaixo e responda.
Agora Vamos ao Capítulo 8 iniciando pela leitura desse capítulo (Texto na NVI)!
1 Quando ele abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu por volta de meia hora.
2 Vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus; a eles foram dadas sete trombetas.
3 Outro anjo, que trazia um incensário de ouro, aproximou-se e se colocou de pé junto ao altar. A ele foi dado muito incenso para oferecer com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono.
4 E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso juntamente com as orações dos santos.
5 Então o anjo pegou o incensário, encheu-o com fogo do altar e lançou-o sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto.
6 Então os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las.
7 O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e granizo e fogo misturado com sangue foram lançados sobre a terra. Foi queimado um terço da terra, um terço das árvores e toda a planta verde.
8 O segundo anjo tocou a sua trombeta, e algo como um grande monte em chamas foi lançado ao mar. Um terço do mar transformou-se em sangue,
9 morreu um terço das criaturas vivas do mar e foi destruído um terço das embarcações.
10 O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, queimando como tocha, sobre um terço dos rios e das fontes de águas;
11 o nome da estrela é Absinto. Tornou-se amargo um terço das águas, e muitos morreram pela ação das águas que se tornaram amargas.
12 O quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferido um terço do sol, um terço da lua e um terço das estrelas, de forma que um terço deles escureceu. Um terço do dia ficou sem luz, e também um terço da noite.
13 Enquanto eu olhava, ouvi uma águia que voava pelo meio do céu e dizia em alta voz: “Ai, ai, ai dos que habitam na terra, por causa do toque das trombetas que está prestes a ser dado pelos três outros anjos! “
APOSTILA
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(Parte 1)
(Parte 2)
CAPÍTULO 8
AS PRIMEIRAS QUATRO TROMBETAS (APOCALIPSE 8:1-13)
Ainda aguardamos o sétimo selo. Os primeiros seis foram abertos no capítulo 6, e o sexto foi especialmente severo.
O intervalo do capítulo 7 nos assegurou da proteção dos fiéis.
Chegamos ao capítulo 8, esperando a abertura do sétimo selo. Ao invés de nos trazer, de uma vez, ao fim da revelação do plano de Deus, o sétimo selo abre uma outra série de sete. Este capítulo relata os acontecimentos resultantes quando os anjos tocam as primeiras quatro de sete trombetas.
O CORDEIRO ABRE O SÉTIMO SELO (8:1-6)
Apocalipse 8:1
O Cordeiro abriu o sétimo selo: Depois do intervalo do capítulo 7, o Cordeiro volta ao último selo.
Houve silêncio no céu cerca de meia hora: Aumentando ainda mais a expectativa dos ouvintes, este selo abre com silêncio.
Nenhum ser vivente fala.
Não se ouve o clamor das almas dos mártires.
Não há nenhum terremoto – por enquanto. Silêncio.
Novamente, a apresentação dramática destaca a importância da revelação e da reverência devida a Deus. Moisés, em um de seus discursos finais a Israel, disse: “Guarda silêncio e ouve, ó Israel! Hoje, vieste a ser povo do SENHOR, teu Deus. Portanto, obedecerás à voz do SENHOR, teu Deus, e lhe cumprirás os mandamentos e os estatutos que hoje te ordeno” (Deuteronômio 27:9-10).
Quando Habacuque questionou a execução da justiça de Deus e ouviu as advertências dirigidas aos malfeitores, ele ouviu a proclamação que “O SENHOR … está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Habacuque 2:20). O silêncio diante de sofrimento reflete a confiança em Deus: “Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio” (Lamentações 3:26).
Apocalipse 8:2
Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas: De novo, fica claro que Deus manda e que as revelações das trombetas vêm do Senhor. Sete anjos em pé diante do trono do Senhor recebem as trombetas. Trombetas tinham diversas funções no Antigo Testamento (Números 10:1-10). Dois usos têm significado relevante aqui. Serviam para soar o alarme no caso de guerra, e para convocar a multidão ao santuário de Deus. As sete trombetas vão anunciar guerras divinas contra os ímpios.
Apocalipse 8:3
Outro anjo … ficou de pé junto ao altar: O altar de incenso, que ficava diante do trono de Deus.
Incensário de ouro, … muito incenso … orações de todos os santos: Este anjo age como se fosse um sacerdote levando o incenso e as orações ao trono do Senhor. Foi uma das responsabilidades importantes dos sacerdotes levitas no Velho Testamento (Êxodo 30:7-9). O sangue sacrificial e o incenso aromático serviam para evitar a morte dos servos de Deus (Levítico 16:11-14; Números 16:46).
Apocalipse 8:4
Subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos: Davi falou para o Senhor: “Suba à tua presença a minha oração, como incenso” (Salmo 141:2). As taças de incenso representam as orações dos santos (5:8). O anjo entrega as orações, que sobem à presença de Deus.
Apocalipse 8:5
O anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra: O incensário servia para levar as petições dos santos ao Senhor. Agora, serve também para trazer uma resposta divina! Se os santos pedem justiça (6:10), é justiça que verão! O anjo enche o incensário do fogo do altar e o atira à terra.
Encontramos uma cena semelhante em Isaías 6, onde um serafim tira uma brasa do altar para purificar o profeta (Isaías 6:6-7). A purificação que segue no Apocalipse vem por meio do castigo dos ímpios. Fogo do céu tem duas funções na Bíblia:
1) Consumir os sacrifícios oferecidos ao Senhor (1 Crônicas 21:26; 2 Crônicas 7:1), e
2) Castigar os inimigos de Deus (2 Reis 1:10,12; Lucas 9:54). Podemos ver aqui os dois sentidos, pois a morte dos inimigos de Deus apazigua a ira divina.
E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto: Os servos aguardam em silêncio, e Deus responde com trovões, vozes, relâmpagos e terremoto! Asafe escreveu: “Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta. Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar…. Os céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Deus que julga. Escuta, povo meu, e eu falarei…. Eu sou Deus” (Salmo 50:3-7).
Apocalipse 8:6
Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar: O sétimo selo revela as sete trombetas. Este versículo é a transição que introduz a próxima série de sete.
Os sete selos foram divididos em quatro (anunciados pelos quatro seres viventes) e três, com um intervalo entre o sexto e o sétimo que mostrou a proteção divina para os fiéis.
De modo semelhante, as trombetas podem ser divididas em quatro e três (estas últimas chamadas de ais).
Depois do anjo tocar a sexta trombeta, encontramos cenas diferentes que tratam da missão de João, da proteção dos fiéis, e da vitória das testemunhas do Senhor.
A PRIMEIRA TROMBETA (8:7)
O primeiro anjo tocou a trombeta: Cada uma das sete trombetas será tocada por um dos anjos apresentados no versículo 2.
Houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra: A primeira trombeta nos lembra das pragas usadas para castigar os egípcios. Na sétima praga, caiu “chuva de pedras e fogo misturado com a chuva de pedras” (Êxodo 9:24). Na primeira, as águas se tornaram em sangue (Êxodo 7:17).
Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva verde: Ainda não chegamos ao castigo total ou final, pois esta trombeta fala da destruição da terça parte da terra, especificamente das plantas. A terça parte é citada em outros castigos desta série (veja 8:8,9,10,11,12; 9:15,18).
A SEGUNDA TROMBETA (8:8-9)
Apocalipse 8:8
Uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar: Observamos aqui o poder de Deus.
Somente o Senhor tem tal poder sobre montanhas. Deus cria os montes e pode pisar os altos (Amós 4:13).
É Deus que pode queimar uma montanha em julgamento (Miquéias 1:3-5), ou até atirá-la no mar para cuidar dos seus servos (Mateus 21:21).
Deus deu a Zorobabel a vitória sobre o grande monte (Zacarias 4:7).
Quando Deus revelou as suas intenções de castigar a Babilônia, ele usou linguagem semelhante à da segunda trombeta: “Eis que sou contra ti, ó monte que destróis, diz o SENHOR, que destróis toda a terra; estenderei a mão contra ti, e te revolverei das rochas, e farei de ti um monte em chamas. De ti não se tirarão pedras, nem para o ângulo nem para fundamentos, porque te tornarás em desolação perpétua, diz o SENHOR” (Jeremias 51:25-26).
Montanhas frequentemente representam autoridades ou reinos (Isaías 2:2).
O mar servia como um dos principais meios de comércio (Isaías 23:2; Ezequiel 27:3). Neste sentido, a segunda trombeta pode sugerir um castigo que atinge a economia. O mar, também, pode representar os povos do mundo (Salmo 98:7; Isaías 23:11; 41:5; Ezequiel 26:16-18; Daniel 7:2-3). O castigo aqui seria a derrota de uma grande autoridade, atingindo os povos da terra.
Cuja terça parte se tornou em sangue: Novamente, ele usa linguagem da primeira praga no Egito (Êxodo 7:17). É um castigo grave, mas não total.
Apocalipse 8:9
E morreu a terça parte da criação que tinha vida,…e foi destruída a terça parte das embarcações: O mar está cheio de vida, mas esta trombeta destrói um terço das criaturas do mar. Também afeta o comércio, destruindo um terço das embarcações.
Na época do Novo Testamento, os romanos dominavam um império construído pelo controle do Mar Mediterrâneo. A expansão do poder romano durante quase quatro séculos havia garantido domínio sobre as principais rotas comerciais entre três continentes – a Europa, a Ásia e a África. Uma praga que destrói a terça parte das embarcações deixaria o império aleijado e enfraquecido.
A TERCEIRA TROMBETA (8:10-11)
Apocalipse 8:10
Caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela: A terceira desta série de castigos usa uma estrela para atingir as águas doces que os homens precisam para beber. As estrelas, como parte da criação de Deus, lhe servem (Salmo 148:3).
Ele tem poder para usar as estrelas nas suas batalhas a favor dos fiéis (Juízes 5:20) e como instrumentos de castigo (Mateus 24:29; Apocalipse 6:13). O efeito desta estrela é a poluição da terça parte dos rios e das fontes de água.
Apocalipse 8:11
O nome da estrela é Absinto: A erva absinto representa amargura (Lamentações 3:15,19), especialmente o veneno de castigo divino (Provérbios 5:4; Jeremias 9:15; 23:15). Aqui, Deus ataca as águas potáveis, nos lembrando do efeito da primeira praga no Egito (Êxodo 7:20-21). Quando Deus abençoou o seu povo, ele tornou doces as águas amargas (Êxodo 15:25-26). Aqui, ele faz ao contrário para castigar os ímpios.
A QUARTA TROMBETA (8:12)
Apocalipse 8:12
Foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles … não brilhasse: A linguagem usada para descrever o efeito da quarta trombeta é típica de profecias de visitações divinas, pois Deus controla os corpos celestes (Isaías 40:26; Jeremias 31:35).
Isaías transmitiu a profecia contra a Babilônia: “Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz” (Isaías 13:10).
Ezequiel usou a mesma linguagem na profecia contra Faraó, rei do Egito (Ezequiel 32:7).
Joel a empregou nas suas descrições de castigos divinos (Joel 2:10; 3:12). Como nos cumprimentos das profecias do Velho Testamento, a profecia da quarta trombeta não é do fim do mundo. Descreve um castigo de pessoas aqui na terra. O fato de envolver a terça parte do sol, da lua e das estrelas confirma a interpretação de um castigo parcial. O Aviso da Vinda das Últimas Três Trombetas (8:13)
Apocalipse 8:13
Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu: Os sete selos foram divididos, com uma série de quatro seguida por outra série de três. As trombetas são divididas da mesma maneira. Já passaram quatro. Agora, uma águia anuncia a vinda das últimas três, evidentemente mais severas do que as primeiras. A águia é conhecida universalmente como um forte predador, aqui voando pronta para descer e tomar a sua presa.
Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar!: A palavra “ai” demonstra dor ou lamento. Repetida três vezes, sugere dor extrema, um pré-anuncio dos castigos mais severos por vir. Novamente, a mensagem se aplica às pessoas na terra.
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Aula do Capítulo 9