I. A IGREJA E SEU PROPÓSITO
O início da Igreja descrito no Novo Testamento aconteceu num ambiente que ainda girava em torno do Templo de Herodes e a liderança dos sacerdotes.
Com o aparecimento da igreja de Cristo, sob a direção dos apóstolos, todo o sistema administrativo eclesiástico começou a mudar paulatinamente. Os próprios apóstolos não tinham noção de como administrar a igreja, mas, sob a orientação do Espírito Santo e em oração, começaram a ensinar como a mesma deveria assumir sua verdadeira imagem.
Antes de tudo, será essencial acomodar em nossas mentes o entendimento sobre a Igreja que o Senhor planejou, antes da fundação do mundo. Pois sem esse entendimento, dificilmente assimilaremos a compreensão necessária sobre o que o Senhor pensou sobre a organização da sua Igreja. Para isso portanto, devemos responder à pergunta:
1. O que é a Igreja do Senhor
“16 e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.
17 E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto;
18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito.
19 Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus,
20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;
21 no qual todo o edifício, bem-ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor,
22 no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito”.
O Corpo de Cristo – A Família de Deus – O Templo do Espírito Santo
a) A igreja é o corpo de CRISTO.
Millard Erickson, em sua Introdução à Teologia Sistemática, destaca seis aspectos da figura da Igreja como sendo o corpo de Jesus:
- 1. Cristo é a cabeça: união, cuidado e governo;
- 2. Interligação: interdependência e edificação mútua;
- 3. Comunhão genuína: amor e compartilhamento emocional (1Co 12.26)
- 4. União: não deve haver facções (1 Co 1-3)
- 5. Universal: sem nacionalidade (Rm 11.25-26, 32; Gl 3.28; Ef 2.15)
- 6. Extensão do ministério de Cristo: comissão autoritativa (Mt 28.18-20)
b) A igreja é o templo do ESPÍRITO SANTO
Hammett, (2005), destaca duas características importante por ser a Igreja habitação do Santo.
- 1. Por ser o templo de Deus, a igreja precisa ser uma comunidade adoradora.
- 2. No templo de Deus, todos os crentes formam o sacerdócio; todos estão envolvidos no ministério da igreja.
- 3. O templo também é um lugar de relacionamento.
- 4. O Espírito une a irmandade através da comunhão com Deus e com o irmão.
c) A igreja é a FAMÍLIA DE DEUS
- Ênfase no Antigo Testamento – O Povo de Deus
- Ênfase no Novo Testamento – A Família de Deus
- I. Packer, (1996, p. 248, 250), faz uma declaração importante sobre ser família de Deus.
“O primeiro ponto sobre a adoção: ela é o mais alto privilégio que o Evangelho oferece, maior ainda que a justificação. […] Adoção sugere a ideia de família, concebida em termos de amor, e vendo a Deus como pai. Na adoção, Deus nos recebe em sua família e comunhão e nos estabelece como filhos e herdeiros. Intimidade, afeição e generosidade são os pontos altos desse relacionamento. Estar bem com Deus, o juiz, é uma grande coisa, mas ser amado e protegido por Deus, o Pai, é algo muito maior.”
Diante do exposto, a imagem fala mais do que qualquer palavra!
Uma outra pergunta que devemos fazer, a qual também nos ajuda a identificar o propósito da Igreja de Cristo, é:
2. Qual a função da Igreja do Senhor?
Pregar o Evangelho – Adorar a Deus – Edificar o Irmão
a) A Igreja do Senhor foi criada para o LOUVOR DE SUA GLÓRIA
Na carta aos Efésios encontramos esse propósito de louvar o glorioso e trino Deus.
Ef 1:5-6: nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça…
Ef 1.11-12: nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória…
Ef 1:13-14: tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.
Hendriksen (2004, p. 189), descreve o propósito da igreja da seguinte forma:
“… A igreja, pois, não existe para si própria. Ela existe para Deus, para sua glória. Quando os anjos nos céus contemplam as obras e a sabedoria de Deus manifestadas na igreja, seu conhecimento de Deus, a quem adoram, se amplia, então se regozijam e o glorificam.”
Musculus, (2013, p. 348), segue o mesmo pensamento ao dizer:
“A terra está cheia da majestade de Deus, mas como as inesgotáveis riquezas e graças de Deus foram derramadas sobre os eleitos e fiéis na igreja, é apropriado que ele seja glorificado na igreja com zelo particular.”
b) A igreja foi criada para EDIFICAÇÃO UM DOS OUTROS
A carta aos Efésios mais uma vez nos auxilia neste pensamento.
O apóstolo Paulo apresenta, nos três primeiros capítulos, o valor e a importância da Igreja no plano redentor do trino Deus.
Ef 2:19-22: Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.
Ef 4:15-16: Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.
John Hammett, (2005, p. 46), descreve bem a importância do entendimento da participação de cada irmão.
“O sacerdócio de todos os crentes […] tem a ver com nossa comum responsabilidade de ministrarmos uns aos outros e ao mundo. Vê-la de forma a justificar de alguma forma uma atitude de autossuficiência individual é compreender errado a doutrina e esquecer da nossa necessidade da igreja e da necessidade da igreja do ministério de cada membro.”
Plenitude de Cristo – Presenteia a igreja com a…
Pregação da Palavra – Prepara os crentes para o ministério deles…
Sacerdócio Universal – Serviço mútuo para chegar a imagem de Cristo … até a Plenitude de Cristo.
c) A Igreja foi planejada para PREGAR O EVANGELHO
Os apóstolos entenderam o propósito para o qual foram chamados. Tanto Pedro quando Paulo, exortaram a irmandade e cumprirem o mesmo propósito.
1Pe 2:9: Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
Ef 3:8-11: A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor,
William Hendriksen, em seu comentário de Efésios e Filipenses (2004, p.189), explica o que o apóstolo Paulo quis dizer aos efésios.
“O propósito que Paulo tem em mente ao proclamar aos gentios as boas notícias das insondáveis riquezas de Cristo, e ao iluminar a todos os homens sobre qual é a administração do mistério, é que por meio dessas duas (até certo ponto superpostas) atividades, a igreja, sendo constituída e fortalecida, exiba a maravilhosa sabedoria de Deus até mesmo ao mundo angélico”.
Seguindo a mesma ideia, Charles Bridges, (1967, p. 1), vai nos dizer que:
“A igreja é o espelho, que reflete a completa fulgência do caráter Divino. É o grande cenário, no qual as perfeições de Jeová são exibidas para o universo.”
Concluímos então, com a declaração do James Bannerman, ao falar do assunto, “A Igreja de Cristo”, (2014, p.39):
“[…] não é possível haver um assunto mais importante, ou em cuja definição estejam envolvidos princípios mais fundamentais do que com respeito à verdadeira natureza da igreja cristã, conforme está descrita nas Escrituras; e se tivermos sido bem sucedidos na descoberta do sentido dessa palavra de acordo com o uso do Novo Testamento, fizemos grande progresso no preparo do caminho para nossos debates futuros.”
II. O GOVERNO DA IGREJA BÍBLICA
Em toda a Palavra de Deus, encontramos a palavra final para responder questões sobre: Doutrina; igreja; Pastores-Presbíteros; Disciplina; irmandade; etc.
No entanto, antes de responder essas e outros questões sobre autoridade na Igreja é bom perguntar:
1. Que tipo de governo há nas Escrituras?
Qual o governo eclesiástico que encontramos na Bíblia?
MONÁRQUICO
Jonathan Edwards, em outras palavras elabora, a pergunta acima citada, de forma mais contundente;
“Quaisquer que sejam as maneiras de se constituir a igreja que nos pareçam oportunas, adequadas e razoáveis, a questão é, não qual constituição da igreja de Cristo parece conveniente para a sabedoria humana, mas qual constituição foi realmente estabelecida pela infinita sabedoria de Cristo.” (Dever, 2001, p.305).
É importante que se diga que a forma de governo da Igreja do Senhor Jesus Cristo não é democrata, mas sim monárquico.
Vivemos no reino que tem o Rei e o Senhor do universo, Jesus.
Karl Barth disse:
“Uma vez que o homem não criou e fundou a Igreja, ele não pode ser seu Senhor. […] Como deveriam aqueles que nem mesmo têm uma existência independente junto a Ele, obter uma soberania independente ou até mesmo somente uma co-soberania na Igreja? Em que sentido deveriam os membros dirigir junto ao Cabeça, os membros terrenos, junto ao Cabeça celestial?” (Barth, 2010, p.138).
O Senhor não pensou instituir um governo democrático para a sua Igreja. Apesar de muitos entenderem que a igreja deveria proceder de forma democrática, para impedir que pessoas mal intencionadas tomem a rédea do poder sozinha, a prática mostra que um modelo democrático, não protege completamente a igreja.
Morris (2009), tentou agrupar todas as ideias interpretativa que defende cada forma de governo. Quer seja Episcopal, Presbiteriano, congregacional ou Pastoral-Congregacional, por entender que era possível remontar a Administração apostólica na nossa era, por isso ele defendeu esse agrupamento da seguinte forma:
“Uma consideração de todas as evidências nos deixa com a conclusão de que é impossível remontar totalmente à era apostólica em qualquer um dos nossos sistemas modernos. […] É melhor reconhecer que, na igreja do NT, havia elementos que eram passíveis de serem desenvolvidos nos sistemas episcopal, presbiteriano e congregacional, e que realmente se desenvolveram assim.” (Morris, 2009, p. 216).
Essa declaração de Morris, não condiz com os termos O governo é exercido pelo bíblicos, pois existe apenas um rei soberano Jesus Cristo, o qual exerce o seu controle, dando a igreja as diretrizes para que saibam, como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade. (1 Timóteo 3.14-15).
Assim sendo, veremos a seguir algumas situações nas Escrituras que podem servir como parâmetro e referência bíblica, para conseguirmos argumentar e analisar qual a forma de administração eclesiástica apresentada nas Escrituras.
2. Cristo tem um reino
Jesus espera que seus súditos sigam sua vontade e represente bem a vontade do Rei. No entanto:
Quem tem autoridade de representar esse reino??
Conforme Jonathan Leeman, (2012, p. 59), “A autoridade (dada por Cristo), é a autoridade para analisar as palavras e ações […] de uma pessoa e fazer um julgamento.”
Jesus planejou o desenvolvimento da sua Igreja por meio da instrução da Palavra de Deus. Para tanto, Ele chamou doze homens e os delegou a esse ministério.
At 6:2: Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.
Com isto entendemos que os apóstolos receberam autoridade de Jesus para julgar a vida de uma pessoa.
Mat 28:18-20: Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
Os apóstolos atuaram com essa autoridade recebido do Senhor em várias situações.
- Pedro julga a ação de Ananias e Safira – Atos 5.1-11
- Pedro repreende Simão, o mago – Atos 8.17-23;
- Paulo entregando à Satanás Himeneu e Alexandre em 1Tm 1.20.
Jesus também entregou a mesma autoridade, a qual foi dada aos apóstolos, a sua Igreja. A congregação dos santos recebe autoridade para julgar a vida e fé dos indivíduos que buscam o Senhor.
A Chave do Reino dos Céus dada aos apóstolos foi passada à Igreja
Aos apóstolos:
Mt 16.19: Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.
A Igreja
Mt 18.17-18: E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.
Há alguns exemplos em que a Igreja usa essa autoridade dado pelo Senhor.
- Jesus instruiu A Igreja a dar a última palavra entre os irmãos – Mateus 18. 15-20;
- A igreja aprova a escolha de Matias pelo Senhor – At 1.15; 21-26;
- A Igreja e Pedro acalmam tumulto entre os irmãos – At 11.1; 18;
- A Igreja e o Paulo expulsam o irmão em pecado – 1 Co 5.1-5.
Jonathan Leeman, (2012, p. 29), descreve o valor, a importância e a autoridade que a Igreja tem pela irmandade e no mundo. Ele diz:
“Uma igreja local é um grupo de cristãos que regularmente se reúnem, em nome de Cristo, para oficialmente afirmar e supervisionar uns dos outros, em Cristo Jesus e em seu reino, através da pregação e das ordenanças do Evangelho”.
Dessa forma, entendemos que O governo da Igreja é controlado pelo trino Deus por meio das Escrituras. Entretanto, a Igreja do Senhor recebe autoridade para gerir as necessidades da Igreja local não definido pela Palavra de Dele.
Seguindo essa ordem:
1. Deus, Jesus e o Espírito Santo segue para as…
2. Escrituras – Que segue para a …
3. Igreja
4. Até chegar a assuntos não definidos nas Escrituras – Reuniões Fraternais (Assembleias)
Entretanto, fica a questão, do que seria esses assuntos não definidos nas Escrituras.
Lawrence W. Wilson autor de vários livros, descreve em um dos seus artigos, cinco das questões mais frequentes de conflito entre os membros da igreja, vejamos abaixo.
- Alterar o tempo de adoração incluindo alguma atividade extra;
- Discordância de como lidar com as falhas morais de pastores e membros da liderança;
- Duração do culto;
- Discordância sobre quem toma decisões entre a irmandade;
- Estilo de adoração.
Nestes casos, Lawrence adverte: “uma questão real advinda desses conflitos pode causar sérios danos à unidade e saúde de uma congregação local”.
Apesar de ser uma pesquisa pessoal e com contexto americano, podemos ver que o ambiental estrutural da cristandade brasileira, não está tão longe dos problemas que os americanos cristãos enfrentam.
Para tanto, vale lembrar o que as Escrituras dizem para equacionar esses problemas.
3. A atuação da Igreja nos conflitos
Jesus elabora sua base teológica, sobre a participação da Igreja nos conflitos, antes mesmo que a ela existisse de fato.
Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles. Mateus 18.18-20.
O início da Igreja, descrito em Atos 6, houve alguns problemas. No entanto, os apóstolos seguindo a orientação de Jesus, responsabiliza a irmandade a resolver a demanda em questão.
Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra. O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
Com esse mesmo fundamento, o apóstolo Paulo instruiu a igreja em Corinto a atuar de acordo com as ordens do Senhor.
- Geralmente, se ouve que há entre vós imoralidade e imoralidade tal, como nem mesmo entre os gentios, isto é, haver quem se atreva a possuir a mulher de seu próprio pai…. 4. em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor… 5. Entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus] … 11. Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. 12. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? 13. Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor. 1 Co 5.1, 4-5; 11-13.
Em atos 15.1-22, há uma situação importante, que pode descrever bem a importância da Igreja na resolução de conflitos.
- Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos. 2. Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé, contenda e não pequena discussão com eles, resolveram que esses dois e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com respeito a esta questão. 4. Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros e relataram tudo o que Deus fizera com eles. 6. Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão. (Capacitados para analisar a questão e a Palavra de Deus) […] 22. Então, pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, tendo elegido homens dentre eles, enviá-los, juntamente com Paulo e Barnabé, a Antioquia: foram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens notáveis entre os irmãos, 23 escrevendo, por mão deles: Os irmãos, tanto os apóstolos como os presbíteros, aos irmãos de entre os gentios em Antioquia, Síria e Cilícia, saudações.
A congregação, como um todo, não tomou parte nas discussões ou debates teológicos, até porque havia homens capacitados para tal, no entanto, depois da conclusão dos especialistas da Palavra, a Igreja foi informada e confirmou o resultado do concílio: “Então, pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, tendo elegido homens dentre eles, enviá-los, juntamente com Paulo e Barnabé” (At 15.22).
Conforme Phil Newton (2007, p. 64), o termo δοκέω (verbo), traduzido como: “pareceu bem” pela ARA, era um termo político do mundo grego que significa ‘votar’ ou ‘aprovar uma resolução em uma assembleia’.”
Podemos concluir então que:
4. A figura pastoral no Reino de Deus
No que compete a Administração da Igreja do Senhor, não podemos esquecer da figura pastoral. O mundo religioso, sobretudo evangélico, incluiu a disciplina Gestão Eclesiástica na grade de ensino da Teologia. Isso, certamente, incluiu os pastores reconhecido como teólogos.
Antes de tudo, precisamos entender que há um padrão bíblico sobre os presbíteros/pastores. Compete a Igreja buscar essas orientações bíblicas para ver se há alguma similaridade com a função pastoral a disciplina Administração Eclesiástica.
A Bíblia diz que havia Presbíteros em Jerusalém (At 15; 21.18), em Éfeso (At 20.17), em Filipos (Fp 1.1) e outras cidades.
Ela diz também que o apóstolo Paulo promoveu, em cada igreja local, a eleição de presbíteros (At 14.23) e instruiu seus
cooperadores a fazerem o mesmo (Tt 1.5; 2Tm 2.2).
Em outro momento, a Palavra de Deus diz que o apóstolo Pedro exortou os presbíteros em uma carta destinada à cinco regiões (1 Pe 1.1; 5.1).
Tiago, o irmão de Jesus, instruí os presbíteros a cuidar dos doentes, em sua carta reconhecida como geral. (Tg 5.14).
No que diz respeito as qualificações, remunerações, processo disciplinar, bem como, a atuação pastoral, há várias instruções. (At 20.17, 28-30; 1Tm 3.1-7; Tt 1.6-9; 1 Pe 5.1-4), (1 Tm 5.17-20).
Três em um
O Novo Testamento reconhece que quando está a mencionar os presbíteros, os pastores e os bispos, estão, comprovadamente, se referindo a mesma pessoa. Vejamos os textos abaixo:
Atos 20.17, 28: De Mileto, mandou a Éfeso chamar os presbíteros da igreja. […] Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.
1 Pe 5.1-2: Portanto, apelo para os presbíteros que há entre vocês, e o faço na qualidade de presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, como alguém que participará da glória a ser revelada: Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir.
Tito 1.5-7: Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em
ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível […] Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível…
Assim, vemos que o servo idoso indica maturidade pessoal, enquanto que o serviço de vigilância e pastoreio indicam proteção e cuidado da irmandade.
Um grupo e não apenas um
As Escrituras afirmam que havia uma pluralidade de presbíteros em cada igreja local:
Atos 14.23 – E, promovendo-lhes, em cada igreja [singular], a eleição de presbíteros [plural], depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. (cf. Fp 1.1; 4.15).
Atos 15.4 – Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja [singular], pelos apóstolos e pelos presbíteros [plural]…
Tito 1.5 – Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade [singular], constituísses presbíteros [plural], conforme te prescrevi.
Tiago 5.14 – Está alguém entre vós, doente? Chame os presbíteros [plural] da igreja [singular], e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.
- Qualificações dos presbíteros
1 Timóteo 3.2-7 | Tito 1.6-11 |
2. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
3. Não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; 4. E que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito 5. Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus? 6. Não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. 7. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo. |
6. Alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados.
7. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; 8. Antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, 9. Apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem. 10. Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. 11. É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância. |
Carson, disse certa vez que: “Talvez a coisa mais extraordinária a respeito dos pré-requisitos bíblicos para os presbíteros é que eles não são extraordinários”. Essa é uma declaração verdadeira, pois a ideia de perfeição parece não ser a intenção do apóstolo Paulo ao instruir os seus mensageiros.
No entanto, apesar das similaridades, há diferenças entre as listas de Timóteo e Tito. Sobre isso Hammett, (2005, p. 167).
“Essas diferenças implicam que Paulo não estava tentando ser exaustivo em nenhuma das listas, mas dando uma lista representativa de traços de caráter que o presbítero deve incorporar. No entanto, mesmo essa lista não sendo exaustiva, elas são bastante abrangentes”.
- Aspectos das qualificações
No aspecto ÉTICO:
Irrepreensível (exemplo para os de dentro; boa reputação para os de fora)
Precisa SER: Sóbrio, Prudente, Amável, Pacífico, Moderado, Hospitaleiro, Justo, Santo, Temperante, Amigo do bem.
Não precisa SER: ser apegado ou dado ao vinho, soberbo, ira irascível, violento, cobiçoso de torpe ganância ou apegado ao dinheiro.
No aspecto FAMILIAR
Marido de uma só mulher – Diferentes interpretações: casado – Não polígamo – Não recasado – Não divorciado.
Tenha filhos crentes e fieis ao Senhor.
Literalismo: Só homens casados com no mínimo dois filhos podem ser pastores.
A questão chave da passagem: essa pessoa pode servir de exemplo como marido e pai?
No aspecto DIDÁTICO
- Apto para ensinar (1 Timóteo 3:2)
- Apegado a mensagem fiel, da maneira como foi ensinada;
- Capaz de encorajar outros pela sã doutrina;
- Capaz de refutar os que se opõem a sã doutrina. (Tito 1:9)
No aspecto de MATURIDADE
Não pode ser recém-convertido, para que não se ensoberbeça e caia na mesma condenação em que caiu o diabo. (1Tm 3.6);
Devemos observar relação entre idade e maturidade. Parece ser isso que o apóstolo Paulo está enfatizando.
Em resumo:
Concluímos esse momento destacando as palavras da “Confissão Belga” de 1561.
“- As marcas para conhecer a verdadeira igreja são estas: ela mantém a pura pregação do Evangelho, a pura administração dos sacramentos como Cristo os instituiu, e o exercício da disciplina eclesiástica para castigar os pecados.
– Em resumo: ela se orienta segundo a pura Palavra de Deus, rejeitando todo o contrário a esta Palavra e reconhecendo Jesus Cristo como o único Cabeça.
– Assim, com certeza, se pode conhecer a verdadeira igreja; e a ninguém convém separar-se dela.”
III. MEMBRESIA: RELACIONAMENTO CONGREGACIONAL
A gestão secular trata do relacionamento entre pessoas para ter um bom andamento e em consequência a isso, alcançar os seus objetivos. Neste ponto, a gestão bíblica não é diferente, pois também trata de convivência mutua com o objetivo de adoração, edificação e pregação do evangelho.
Conforme Nogueira, (2008, 35), um estudioso secular, diz que a gestão,
… está diretamente ligada aos problemas de comportamento humano, pois não se administram apenas coisas, administramos pessoas. […], A Gestão moderna é a favor da simplicidade de sistemas e métodos e é pela total valorização do ser humano como o capital mais importante de uma instituição.
Nos termos da gestão secular, como vimos anteriormente, podemos entender que a Igreja é uma instituição que valoriza o próximo. A isso Leeman (2012, p.64), dá o nome de Membresia. Pois ele diz:
“Membresia de igreja é o relacionamento formal entre a igreja e um cristão caracterizada pela afirmação e supervisão eclesiástica do discipulado de um cristão e a submissão de um cristão de viver seu discipulado aos cuidados da igreja.”
Jonathan Leeman, em seu livro, Church Membership (p. 79-81) apresenta 12 razões, das quais escolhemos 10 para ressaltar a importância da Membresia:
- É bíblico;
- A igreja é composta dos seus membros;
- É um pré-requisito da Ceia do Senhor;
- É como oficialmente representamos a Cristo;
- É como declaramos nossa maior lealdade;
- É experimentamos as imagens bíblicas da igreja;
- É como servimos uns aos outros;
- Torna a disciplina eclesiástica possível;
- Dá estrutura a sua vida cristã;
- Constrói um testemunho e convida as nações.
Portanto, se seguirmos este pensamento, poderemos entender que fazer parte da Membresia é “compartilha da mesma autoridade para oficialmente afirmar e supervisionar outros cristãos em sua igreja.” (Leeman, 2012, p. 29).
1. Termo Bíblico para Gestão na Membresia
O termo despenseiro (οἰκονόμος – oiconomos), é a palavra usada pelos escritores bíblicos para descrever àquele que cuida da casa.
O vocábulo grego οἰκονόμος – oiconomos, é um conjunto de palavras que tem como radicais os vocábulos “casa” (οἶκος – oicos) e “lei” (νόμος – nomos). Neste caso, uma possível tradução seria: As leis da casa.
No grego clássico, oikonomia expressava a gerência de um lar, e oikonomos denotava o mordomo da casa. No latim, o termo é oeconomia, de onde se deriva o nosso vocábulo economia.
No Novo Testamento, despenseiro (oikonomos) refere-se ao administrador da casa e das propriedades de um Senhor. Despenseiro equivale a ecônomo, originalmente um indivíduo encarregado da Gestão de uma casa grande (Lc 16:1-17).
A responsabilidade do despenseiro (οἰκονομία – oiconomia) é mencionada nove vezes, sendo traduzida por “Gestão” (Lc 16.2), “dispensação” (Cl 1.25) ou “serviço” (1Tm 1.4).
O termo é encontrado em dez ocasiões no Novo Testamento. Também é traduzido por “mordomo” (Lc 12.42) ou “administrador” (Lc 16.1), e eventualmente, como “tesoureiro” (Rm 16.23) ou “curador” (Gl 4.2).
No Evangelho de Lucas, o termo se emprega, alternadamente, com “escravo” (δοῦλος – doulos). O despenseiro ou mordomo tinha direito legal de agir em nome do seu senhor, e deveria ser fiel e prudente (Lc 12.42, 1Co 4.2).
2. Administrar/Gerir é servir na Membresia
Diversos textos da Bíblia ensinam que administrar/gerir significa servir. Neste caso, servir uns aos outros.
Mateus 20:20-28 – “Aproximou-se dele, então, a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, ajoelhando-se e fazendo-lhe um pedido. Perguntou-lhe Jesus: Que queres? Ela lhe respondeu: Concede que estes meus dois filhos se sentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino. Jesus, porém, replicou: Não sabeis o que pedis; podeis beber o cálice que eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos. Então lhes disse: O meu cálice certamente haveis de beber; mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda, não me pertence concedê-lo; mas isso é para aqueles para quem está preparado por meu Pai. E ouvindo isso os dez, indignaram-se contra os dois irmãos. Jesus, pois, chamou-os para junto de si e lhes disse: Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles. Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo; assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos”.
I Reis 12:7 – “Eles lhe disseram: Se hoje te tornares servo deste povo, e o servires, e, respondendo-lhe, lhe falares boas palavras, eles serão para sempre teus servos”.
Quando se efetua o administrar, procura-se suprir as necessidades dos irmãos enquanto estes desenvolvem ou cumprem sua missão e as tarefas relacionadas à mesma.
Filipenses 2:5-7 – Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens;
Jesus é o grande exemplo de gestor-administrador. Ele é a cabeça da Igreja e se aplicou para servi-la.
Isso posto, vemos que o princípio do serviço de uns aos outros, torna a Membresia importante para o bom andamento da unidade do corpo. Neste caso, todos servem e todos participam neste processo.
3. Gestão na Membresia:
Embora possamos adotar alguns princípios da Gestão secular, não obstante, a Igreja precisa ser norteada por outros princípios. Em virtude de sua natureza, a Igreja não se confunde com nenhuma sociedade ou grupos éticos.
A Gestão já foi chamada de “a arte de fazer as coisas através de pessoas”. Mary Parker Follet. Portanto, faz-se necessário entender como o Senhor apresentou essa “arte” na sua Palavra.
a) A razão da Membresia:
… Jesus, pois, chamou-os para junto de si e lhes disse: Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles. Não será assim entre vós… Mt 20.25-6.
Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, Fl 2:5.
Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados. 1Pe 4:8.
Não há autoridade humana sobre a Membresia. A irmandade por meio da semelhança com Cristo, ama uns aos outros.
b) A dinâmica da Membresia
Sujeitando-se ao Espírito Santo – 12-13
- Temos o fruto do Espírito – Gal 5.16-22
- Não entristeça o ES – Ef 4.30;
- Enchei-vos do ES – Ef 5.18;
- Tome posse da Espada do ES – Ef 6.17
- Não apague o ES – 1 Tes 5.19
As diferenças se completam – 14-18
- A importância da diferença – 14
- Ninguém tá fora – 15-16
- A igualdade deforma – 17
- Deus sabe o que faz – 18
Todos são valiosos – 19-26
- Eu preciso de você e você de mim – 19-22
- Até os menos têm mais – 23-24
- Cooperação mútua – 24-25
- Cuidamos uns dos outros – 26
Conclusão
Para uma igreja poder desempenhar bem a sua missão faz-se necessário a espiritualidade em harmonia com os benefícios que o conhecimento e a prática que uma boa gestão traz.
Por meio de uma Atitude de sujeição ao Trino Deus e por meio de uma atitude de amor pela igreja e as pessoas do mundo.
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