Vamos a aula sobre a igreja na época dos Apóstolos!
Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.
E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.
Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos.
Lição 1
A IGREJA APOSTÓLICA (30-100 AD)
O cristianismo teve suas origens na Palestina, mais especificamente na região da Judéia, em particular na cidade de Jerusalém. A princípio o cristianismo era visto como uma continuação e uma evolução do judaísmo e, a princípio, floresceu em regiões às quais o judaísmo estava tradicionalmente associado, sobretudo na Palestina. Entretanto, rapidamente se espalhou para as regiões vizinhas, em parte por meio dos esforços dos primeiros evangelistas cristãos, como Paulo de Tarso. Ao final do século I, o cristianismo parece haver se estabelecido por toda a região banhada pelo Mediterrâneo Oriental e, até mesmo, adquirido uma presença significativa na cidade de Roma, a capital do Império Romano. À medida que a igreja em Roma se tornava cada vez mais forte, começaram a surgir tensões entre a liderança cristã em Roma e em Constantinopla, pressagiando o cisma posterior entre as igrejas ocidental e oriental, respectivamente concentradas nesses centros de poder.
I. O MUNDO EM QUE A IGREJA FOI PLANTADA
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O mundo greco-romano foi o cenário que recebeu o Messias enviado de Deus, como Salvador do mundo.
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A igreja foi plantada no momento mais apropriado para alguma coisa acontecer. É o que a Bíblia chama de ―tempo certo‖. (Gálatas 4.4)
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Para entendermos melhor a história precisamos analisar o Velho Testamento como um preparo (Daniel 2). A história é um preparo do ―tempo certo‖
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A igreja vai ter uma influência tripla na sua formação: Romana, grega e judaica. Esse era o momento em que Deus iria enviar Jesus ao mundo. Estava na mente de Deus a união de todas as raças, aproximando os que estavam perto (judeus), e os que estavam longe (gentios).
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Quando o Novo Testamento entrou em vigor, Deus já havia preparado o cenário com esses elementos que ajudaram a igreja a se estabelecer rapidamente no mundo antigo.
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II. A INFLUÊNCIA ROMANA
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“Pax Romana” – Antes de Augusto o mediterrâneo estava cheio de piratas e se tornava difícil o comércio. Com Otávio Augusto se estabelece a ―Pax Romana‖ que matava a todos que causassem desordem social, por isso foi chamado de ―Augustu‖ que quer dizer digno de adoração. Nunca houve um período onde se viajou tanto com tanta facilidade e segurança como nos dias do império romano.
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Como se conseguia a ―Pax Romana‖? Através da administração de saque romana, onde se invadia uma cidade e saqueava tudo, porém não impunha aos povos conquistados a língua e religião romana.
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Províncias imperiais – administrada por um legado (conduzido pelo imperador) por meio dos seus representantes. Geralmente eram de instabilidade política, ou importantes em termos de abastecimento.
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Províncias Senatoriais – administradas pelo procônsul colocado pelos senadores. Não tinha estabilidade e havia possibilidade de uma administração maior.
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Províncias especiais – administradas por um governador, por aliados de Roma.
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Culto ao Imperador – Veio pelos gregos e chegou aos romanos que era onde centralizava todo o poder e assim foram formando o momento para o período do Novo Testamento.
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Contribuições positivas de Roma para o cristianismo.
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A nova era de paz a partir de Augustus fez com que os missionários cristãos transitassem livremente por todo o império. A Pax Romana trouxe uniformidade administrativa com tolerância cultural.
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A ideia de uma unidade universal de todos os homens.
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Facilidade de comunicação e movimentação.
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Excelente sistema de estradas que duraram séculos facilitando o acesso a diversos países.
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O exército romano recrutado entre as nações era o elemento de progresso para o cristianismo.
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A falta de fé nos deuses. As muitas formas de religiosidade, sobretudo religiões de mistério, levaram as pessoas à decepção por não obterem respostas.
H. Contribuições negativas
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A adoração ao imperador.
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A acusação contra os cristãos de não adorarem os deuses.
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Os cristãos eram considerados moralmente impuros ( comiam carne, bebiam sangue, participavam de ―bacanais‖ e amavam uns aos outros)
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III. INFLUÊNCIA GREGA
A. Grécia tinha o domínio cultural conquistado por Alexandre, o Grande (333 A.C). Antes o mundo era heterogêneo e depois dos gregos se tornou mais homogênio.
B. Os discursos cristãos levaram em conta elementos da cultura grega. Preocupação com a vida após a morte, por isso aceitavam várias religiões com o intuito de conseguir algo após a morte.
C. Principais correntes filosóficas da época:
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Platonismo – além deste mundo sensível e transitório há outro invisível e permanente; um ser supremo, perfeito, imutável e indescritível; de suprema bondade e beleza; imortalidade da alma; relevância da “idéia” sobre as coisas materiais.
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Estoicismo (At 17.18) – doutrina de elevado caráter moral: o sábio deve fazer sua razão dominar toda emoção até o ponto de não senti-la.
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Epicureus (Atos 17.18) – seguidores do filosofo Epicuro (341-270 a.C), que ensinava que o maior bem da vida é a felicidade, entendida como a libertação do sofrimento e do medo.
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D. A Septuaginta – cerca do ano 270 a.C, setenta estudiosos judeus traduziram o Antigo Testamento para o grego, para o acervo da grande biblioteca de Alexandria. Esta tradução recebeu o nome de septuaginta ou versão dos setenta, era muito usada nos tempos de Jesus e foi usada pela igreja.
E. Três ideias de contribuição dos gregos para a igreja
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A língua – o grego era a língua universal.
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A filosofia grega que criou vocabulário para a pregação cristã e preparou o mundo para a recepção do evangelho por causa da decepção com a religião.
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Religião grega fracassada e o temor do destino.
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IV. A INFLUÊNCIA JUDAICA
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Velho Testamento – Tradição judaica – sinagoga.
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A maldade contra os judeus – e os cristãos vão ser prejudicados com isso. Os cristãos aproveitaram do judaísmo para a divulgação da mensagem, pois os romanos pensavam que os cristãos eram uma seita do judaísmo que era considerado um religião lícita.
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Com a diáspora judaica, os judeus preparam o caminho para a pregação do evangelho em todo o mundo, contribuindo com sua religião que era:
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Monoteísta (um só Deus), as outras religiões eram politeístas.
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Pregavam a vinda do Messias.
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Levavam o Velho Testamento em grego (Septuaginta)
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Sinagogas por toda parte. Locais de reunião para ensino das Escrituras e culto a Deus, depois da destruição do Templo de Salomão e exílio babilônico (século VI a. C.);
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A oposição dos próprios judeus – porque o que os cristãos propunham não era que o judaísmo se espalhasse pelo mundo, mas era uma superação do cristianismo. Além do mais os cristãos estavam convertendo muitos judeus, prosélitos, e tementes a Deus, por essa razão muitas vezes eram perseguidos.
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As principais divisões do judaísmo na época de Jesus e inicio da igreja:
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Fariseus: seguiam rigorosamente as tradições dos antepassados, acima da Lei de Moisés (Mt 15.1-20; 23.25-28). Acreditavam na ressurreição e na existência de seres celestiais (At 23.6-8).
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Saduceus: sacerdotes e pessoas ricas e influentes, colaboravam com os romanos, baseavam seus ensinamentos principalmente no Pentateuco, exaltavam o Templo de Herodes, e negavam as tradições, a ressurreição, o juízo final e a existência de anjos e espíritos (Mt 22.23-34; At 23.6-8);
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Zelotes: partido nacionalista, usava de violência na oposição ao domínio romano (Lc 6.15; Mt 10.4).
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Essênios: (não mencionados na Bíblia, citados por Flávio Josefo) cerca de 4000 homens que seguiam com muito rigor a lei de Moisés, quanto à pureza cerimonial; alguns moravam em cidades, mas a maioria vivia em comunidades, no deserto de En-Gedi; autores dos Manuscritos do Mar Morto.
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Helenistas: judeus da diáspora () que falavam o grego, e viajavam para Jerusalém para as festas (At 6.1; 9.29); Filo, filósofo judeu de Alexandria, defendia a tese de que a sabedoria da filosofia grega era proveniente do judaísmo, pois Moisés era mais antigo que os filósofos gregos.
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V. O DIA DE PENTECOSTES – INÍCIO DA IGREJA
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―Desde cedo, no ministério de Jesus, Sua vida santa e suas palavras majestosas provocavam a ira dos homens perversos e hipócritas, razão pela qual maquinaram Sua morte (Lc. 4:28-30; Jo. 5:18; 7:1-25). Jesus tinha consciência de que Sua missão se cumpriria através da Sua morte (Jo. 3:14; 8:28; 12:24; Mt. 20:28; 26:24). Jesus deixou-se prender e crucificar porque o quis; entregou-se voluntariamente, em cumprimento da vontade do Pai para a salvação dos homens (Jo. 10:18) […] Na cruz, é oferecido um sacrifício representativo pelos pecados do mundo. Ele, que não conheceu pecado, levou sobre si a carga inominável do pecado humano […] As narrativas bíblicas (Mt. 28; Mc. 16; Lc. 24; Jo. 20-21) baseadas no depoimento de testemunhas, são irrefutáveis quanto ao fato da ressurreição […] Da ascensão de Jesus, ocorrida 40 dias depois, a narrativa mais detalhada é a de Lucas, em Lc. 20:50-51 e At. 1:9-11.‖ (Fonte Bíblia Vida Nova)
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Sobre este ponto, o testemunho dos Atos dos Apóstolos é capital. Apresentam-nos a criação da Igreja como acontecimento da história santa. Tal testemunho não pode por razão alguma ser posto em dúvida. Faz jus a unanimidade da tradição cristã primitiva. Não poderia aliás merecer suspeição, a não ser por preconceitos racionalistas que recusassem a priori a existência de acontecimentos sobrenaturais. Os dados essenciais do acontecimento são os seguintes: de um lado, trata-se da missão do Espírito (At 2.4) criador e santificador; além disso, o objeto desta missão diz respeito à comunidade constituída por Cristo durante sua vida publica: é sobre os doze reunidos (At 2.1 ) que se derrama o Espírito; finalmente, os doze são investidos pelo Espírito de uma autoridade e de um poder que os transforma em pregadores e despenseiros das riquezas do Cristo ressuscitado.
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Se o acontecimento como tal é de uma historicidade incontestável, a apresentação que lhe dá Lucas merece precisões. Que se tenha realizado no último dia da festa das Semanas do ano 30 e em Jerusalém é historicamente plausível. Os doze, mesmo no caso de se terem dispersado após o domingo da Páscoa, poderiam ter voltado a Jerusalém, para a peregrinação de Pentecostes. A existência dum fenômeno de glossolalia parece mesmo provável. Encontramo-lo de fato em outras ocasiões da vida da comunidade arcaica (At 10.46; 11.15; I Cor 14.23). Lucas não teria motivo algum para o inventar.
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Após a festa de Pentecostes, começa a pregação do Evangelho pelos Apóstolos; e em particular por Pedro, que fala no meio deles e em nome deles. Escolhidos por Jesus durante à vida pública, investidos por ele de um mandato oficial, haviam recebido plenos poderes para testemunharem sobre o acontecimento salvífico da ressurreição e para tratarem em nome de Deus das condições em que os homens poderiam receber-lhe os efeitos. Mas foi somente a partir de pentecostes que, cheios do Espírito Santo, eles começam a exercer os poderes. As circunstancias da pregação sublinham o caráter oficial de sua missão. Os exegetas realçaram o caráter solene da introdução do primeiro discurso de Pedro (2.14). O segundo teve lugar no Templo (3.11), 0 terceiro diante da assembléia regularmente constituída dos chefes do povo de Israel.
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O objeto do querigma ( é a ressurreição de Jesus (2.24; 2.30; 3.15; 4.10). Tal acontecimento se deu por obra de Deus: “Deus o ressuscitou” (2.24). Desta afirmação inaudita, os Apóstolos apresentam tríplice justificação. A primeira é seu testemunho (2.32; 3.15). Empenham nele toda a sua responsabilidade. O testemunho frisou essencialmente o fato de terem visto Cristo ressuscitado. As aparições de Cristo ressuscitado entre Páscoa e Ascensão recebem daqui todo o seu sentido. Visavam fundamentar a fé dos Apóstolos. Paulo no-las apresenta como pontos essenciais da tradição que ele recebeu do Senhor (I Co. 15.1-8). Ter sido testemunha de Cristo ressuscitado é condição para alguém ser Apóstolo ( 1.21-22). Como o último a quem Cristo ressuscitado apareceu é que Paulo foi agregado aos doze (I Cor 15.8-9). Eis o testemunho dos Apóstolos que será transmitido pela Igreja: a tradição é “tradição dos Apóstolos”.
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A segunda prova em favor da ressurreição de Cristo como fundamento da igreja é a das obras poderosas cumpridas pelos Apóstolos. “Numerosos eram os milagres e prodígios realizados pelos Apóstolos” (2.43). Os Atos narram em particular a cura do paralítico. Tais obras que revelam poder lançam o povo em estupor e assombro, quer dizer, os judeus reconhecem nelas a passagem de Deus (3.10). Tais milagres se realizam em nome de Jesus (3.16). Pela fé nele é que se curou o paralítico (3.16). O milagre aparece assim não apenas como ato maravilhoso que se realiza para apoiar uma afirmação, mas também como a própria eficácia da ressurreição, que começa a manifestar-se. Atesta a presença nos Apóstolos de uma virtude divina que opera neles e por eles obras divinas, pelas quais os homens podem reconhecer uma presença de Deus e render-Lhe glória.
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Resta-nos afinal ainda uma prova que visa em particular os judeus: o cumprimento das profecias. No caso dos judeus, o problema da conversão a Cristo se apresenta de modo bem particular; não precisam converter-se a Deus: crêem nEle. Não precisam nem mesmo converter-se à vinda de Deus entre os homens: esperam-na. O único passo que lhes pedem é que reconheçam em Cristo a realização desta espera, mostrando que nEle as profecias concernentes ao fim dos tempos estavam cumpridas. É o que explica a importância considerável de tal argumento nos discursos dos Atos. Trata-se de levar os judeus a reconhecer, na ressurreição de Jesus, o acontecimento escatológico anunciado pelos profetas. É mesmo isso que entende Pedro, uma vez que, desde o começo de seu primeiro discurso, ele prova que em Pentecostes se deu a efusão do Espírito anunciado pelos profetas para “os últimos dias” (2.17). E esta expressão deve ser tomada ao pé da letra.
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A finalidade do querigma é de fazer reconhecer aos judeus que aquilo que se cumpriu em Jesus é ação de Deus. Trata-se pois de conseguir reviravolta total na atitude em relação a Jesus, uma conversão. Apelam à conversão os discursos de Pedro (2.38; 319). Os judeus terão que reconhecer que se enganaram, desconhecendo o caráter divino de Cristo e condenando-o como blasfemo, porque Ele reivindicava a dignidade divina. Agindo assim, afastaram-se de Deus, como os ancestrais ao perseguirem os profetas. Reconhecer a divindade de Jesus significa pois converter-se a Deus (3.19). A ressurreição manifestou que aquilo que em Jesus se cumpriu era divino. A fé na ressurreição, pelo testemunho dos Apóstolos, é ao mesmo tempo reconhecimento da falta que cometeram ao crucificá-lo.
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O crescimento inicial da igreja vai se dar através de perseguições, quanto mais a igreja é perseguida, mais ela cresce e se espalha. Essas perseguições vão iniciar com o martírio de Estevão. Ele é mencionado em primeiro lugar, entre os sete da igreja de Jerusalém‘ como homem cheio de fé e do Espírito Santo‘, cheio de graça e poder‘, que fazia muitos milagres (At. 6:5-8). Havendo discussões sobre as doutrinas da fé cristã, foi Estevão escolhido para responder aos opositores helenistas da jovem igreja (At. 6:9); mas as palavras de sabedoria cristã do notável evangelista produziram a sua prisão. Levado ao Sinédrio, o discurso proferido em sua própria defesa levantou uma terrível hostilidade contra ele. Foi por isso apedrejado, e, já moribundo, invocou ao Senhor e orou pelos seus assassinos (At. 7:58-60). A perseguição então iniciada trouxe notáveis resultados para a igreja (At. 8:1, 4; 11:19).
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VI. A IGREJA PÓS – APOSTÓLICA E PRÉ – NICENA
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No final do século I e inicio do século II vão surgir na História da igreja os chamados ―Pais da Igreja‖ ou ―Pais Apostólicos‖. Esta designação está incorreta porque vai ser usada no século XVII, pela primeira vez. Não deveriam ser chamados ―Pais‖, porque Jesus disse: ―A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus‖ (Mateus 23.9).
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Características dos ―pais da igreja‖.
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São fiéis ao evangelho, não há desvios nessa ocasião.
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Não são pensadores, geralmente são piedosos e moralistas.
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Não são inspirados, nem pedem isso para si, são honestos.
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Podemos classificá-los em dois grupos: Orientais e Ocidentais
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Orientais:
Inácio, de Antioquia
Policarpo, de Esmirna
(Pseudo) Barnabé
Pápias
Didaquê – ensino
2ª Clemente (pseudo epigrafo)
Ocidentais:
1ª Clemente de Roma
O Pastor, Hermas
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Breve descrição dos escritos dos ―pais apostólicos‖
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Clemente aos Romanos (95 AD) (bispos e diáconos). Havia uma divisão dos irmãos mais novos contra os bispos e Clemente vai dizer: ―Não façam isso por que é uma sucessão‖. *Jesus – apóstolos – bispos. É importante notar que sua defesa é como o modelo do Novo Testamento, embora seja da aristocracia. * não há em sua carta qualquer sugestão de supremacia romana.
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Inácio de Antioquia (115 AD), escreveu sete cartas. Aos Efésios, aos magnésios, aos tralianos, aos romanos, aos filadelfos, aos esmirnenses e uma carta a Policarpo. Com Inácio nasce a idéia de mono – episcopado ou episcopado – monárquico. Bispos – Presbíteros – Diáconos = Jesus – Apóstolos – Mandamentos. Na carta aos romanos ele não tentou impor o tríplice ministério que só vai pegar em Roma por volta de 190 AD. Alguns vão dizer que o Papa Pio foi o primeiro (14 – 150 AD)
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O termo católico romano ( vai aparecer no Ocidente. Inácio foi preso em Antioquia e foi martirizado em Roma. No trajeto a Roma foi escrevendo as igrejas da Ásia, principalmente fazendo apelo para que a igreja não impedisse seu martírio e fala do mono – episcopado pra todas as igrejas menos para a igreja de Roma por ser mais tradicional.
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Policarpo, de Esmirna (117 AD). Escreve uma carta aos filipenses. Ele defende apenas os chamados dois ministérios (bispos e diáconos) diferente de inácio que defende três ministérios (bispos – presbíteros – diáconos), isso mostra que essa idéia não entrou logo na igreja.
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Barnabé (pseudo – Barnabé) 130 AD. A carta de Barnabé é uma interpretação alegórica do Velho Testamento contra os judeus.
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Pápias (130) Hierápolis. Tem de positivo seus escritos respeito do Evangelho. Pápias escrevera as Exegeses das palavras do Senhor, em que reunira tradições relativas aos Apóstolos, provenientes daqueles que com eles haviam convivido, uma obra composta por cinco volumes, sendo que o que temos são fragmentos em Eusébio e Irineu.
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O ―Pastor, Hermas (110-140) romano. Irmão de um presbítero chamado Pio. Isso mostra que o mono episcopado não havia chegado em Roma. A obra é composta de cinco visões, doze mandamentos e dez parábolas. A preocupação era com disciplina, arrependimento e santidade. A grande questão de Hermas é quantas vezes pode pecar depois do batismo, mais tarde isso vai repercutir na vida das pessoas, por exemplo, Constantino, vai viver com a igreja, mas só vai se batizar no fim da vida. A idéia do livro é que a pessoa pode pecar uma vez depois do batismo onde será concedido arrependimento. A preocupação era com moralidade da igreja. É um estudo ético de como deve ser a vida cristã.
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Didaquê (150) Síria. Didaquê é o nome da obra e não se sabe o autor e a data é incerta, foi descoberto em 1875/1883. Ele consta de 3 partes: o documento dos 2 caminhos (1-6) que se encontra também na epístola de Barnabé; instruções litúrgicas (7-10) em que fala do batismo, a distinção entre cristãos e hipócritas e a céia (seja refeição ou comunhão); e uma espécie de manual de disciplina (11- 15). Depois uma conclusão (16). O didaquê revela um período de transição em termos hierárquicos. Distingue os bispos de diáconos permanentes e dos profetas que são carismáticos e itinerantes.
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2ª Clemente aos Coríntios (150). Trata da ética cristã.
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VII. RESUMO DO LIVRO DE ATOS
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Ascensão de Jesus – escolha de Matias (cap. 1)
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Dia de Pentecostes (c.30 AD). (cap 2) ―Festa judaica que ocorre no 50° dia depois da Páscoa (16 de nisã) […] A festa foi instituída com o fim de obrigar os israelitas a dirigirem-se ao tabernáculo, ou ao templo (Ex. 34:22-23) […] Foi na festa de Pentecoste que o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos daquela miraculosa maneira descrita em Atos 2:1-4. Cerca de 3.000 pessoas se convertem ao cristianismo.‖
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Prisão e libertação de dois apóstolos (cap 3-4).
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Prisão e libertação dos doze apóstolos (cap 5)
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Desenvolvimento (a escolha dos ―Sete‖). Prisão e martírio de Estevão (cap 6-7)
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A primeira perseguição (Saulo), Ocorre a primeira diáspora dos cristãos (cap 8)
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A conversão de Saulo (cap 9). ―A morte de Estevão trouxe em conseqüência a conversão de Paulo. Naquela sua missão de servir a Deus, como ele supunha, tomou o caminho para Damasco. Foi então, quando se dirigia para aquela cidade, que o perseguidor se transformou em discípulo de Jesus Cristo. Ao ouvir a voz de Jesus, Paulo cai cego de seu cavalo. O miraculoso acontecimento acha-se narrado por Lucas (Atos 9:1-19), e por Paulo nos seus discursos feitos ao povo de Jerusalém, depois da sua prisão (At. 22:4-16); e mais tarde na presença de Agripa e de Festo em Cesaréia (At. 26:10-18). […] A cegueira de Paulo e a sua inquietação, que Lucas nota nos Atos (9:18 e 19), foram uma preparação para a visita de Ananias e para a nova revelação da vontade de Deus.
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A primeira conversão dos gentios (cap 10-11). O desenvolvimento de Antioquia como centro missionário da igreja antiga. A palavra cristão vai ser usada pela primeira vez (11.26).
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O martírio de Tiago, apóstolo (cap 12)
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A primeira viagem missionária (cap 13-14). ―De Antioquia, no ano 45, Paulo partiu junto com Barnabé e o sobrinho deste, João Marcos, para a 1ª viagem missionária, que os haveria de levar a Chipre e às províncias meridionais da Ásia Menor e duraria quase 3 anos (45-48 d.C.) […] A 1ª viagem missionária, cuja impostação e realização manifestaram em Paulo o tipo do missionário dos grandes centros urbanos, criara para a evangelização cristã importantes pontos de apoio‖
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Reunião em Jerusalém (presbíteros, apóstolos e os irmãos, não é um concílio como é chamado, porque concílio é uma reunião de bispos. ―A salvação é pela graça e não pela observâmcia da Lei.
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A segunda viagem missionária e o evangelho chegando na Europa (cap 15-16). Dois grupos: Barnabé e João Marcos (Chipre); Paulo e Silas (Ásia, atual Turquia). O interesse de Lucas é mostrar o crescimento do evangelho de Jerusalém a Roma.
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Evangelização na Europa, sobretudo a Grécia (cap 17-18). Desta vez Paulo, após ter visitado as Igrejas da Cilícia e da Galácia, voltou-se para a Europa, onde fundou as comunidades cristãs da Macedônia e de Corinto.
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Terceira viagem missionária. Estada de Paulo em Éfeso (2 a 3 anos). A Àsia vai ser sempre o lugar onde tem mais cristãos. Em termos de cidade Roma vai superar Éfeso no século III.
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Visitas: Ásia/Europa (20-21) e volta a Jerusalém.
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Judéia (cap 21-23).
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Judéia (processo judicial) (cap 24-26). ―Pouco depois da sua volta a Jerusalém (58 d.C.), Paulo é preso e levado a Cesaréia. Afinal, sempre prisioneiro, chegou a Roma, onde, nos dois anos que ficou à espera do julgamento, escreveu as cartas às Igrejas de Éfeso, de Filipos e de Colossos (Frígia) e a carta a Filemon, membro eminente da comunidade de Colossos. Só 5 anos depois da sua prisão será posto de novo em liberdade.‖
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Viagem a Roma (cap 27-28)
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Vídeo Aula com o Prof. Álvaro Pestana
PDF – A Igreja Apostólica (30-100 AD)
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